A Prefeitura de São Luís anunciou recentemente um subsídio de R$ 1 milhão para custear corridas por aplicativo durante a greve dos rodoviários, que afeta cerca de 700 mil usuários do transporte público. No entanto, uma análise dos números revela desafios significativos para a implementação dessa medida.

Subsídio Disponível:

O valor total disponível para o subsídio é de R$ 1 milhão, destinado a cobrir o custo das corridas por aplicativo, estimado em R$ 35 por pessoa.

Cálculo 1: Quantas Pessoas Podem Ser Atendidas?

Para determinar quantas pessoas podem ser atendidas com o subsídio disponível, dividimos o valor total do subsídio pelo custo por pessoa:

Número de pessoas atendidas = Subsídio disponível / Valor por pessoa Número de pessoas atendidas = 1.000.000 / 35 Número de pessoas atendidas ≈ 28.571

Isso significa que apenas 28.571 pessoas podem ser beneficiadas, representando cerca de 1,9% da população de São Luís, estimada em 1,5 milhão de habitantes.

Cálculo 2: Custo para Incluir Toda a População

Para calcular o custo necessário para incluir toda a população no benefício, multiplicamos o número total de habitantes pelo valor por pessoa:

Custo total = População × Valor por pessoa Custo total = 1.500.000 × 35 Custo total = R$ 52.500.000

Conclusão: A Conta Não Fecha

A análise dos números sugere que o subsídio de R$ 1 milhão é insuficiente para cobrir as necessidades de transporte da população durante a greve. Se dividido igualmente entre todos os habitantes, cada pessoa receberia apenas R$ 0,67, um valor irrisório para custear uma corrida por aplicativo.

Implicações e Críticas

A medida da Prefeitura tem gerado críticas e questionamentos sobre a eficácia e a transparência da distribuição do subsídio. Críticos apontam que o valor disponível é insuficiente para atender a demanda e que a iniciativa pode ser uma estratégia para ganhar tempo enquanto a administração busca outras soluções para a crise no transporte público.

Reações da População

Os cidadãos de São Luís aguardam por soluções mais robustas e sustentáveis para a crise no transporte público. Enquanto isso, a Prefeitura segue monitorando a situação e avaliando novas medidas para garantir a mobilidade urbana e minimizar os transtornos causados pela greve.