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Em conversa com o Blog Gerson Camarotti, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que os militares não serão um problema para a reforma da Previdência, sinalizando que haverá uma contribuição para o esforço do país para tentar resolver o déficit das contas públicas.

"Os militares não são problema. É só o presidente dar uma canetada e resolve a questão", ressaltou o vice-presidente, numa referência a possibilidade da edição de uma medida provisória.

Ele ressalta, porém, que essa mudança nas regras dos militares não será feita dentro da emenda constitucional da reforma da Previdência. Isso porque "os militares não tem regime de Previdência", e sim um regime próprio.

"O militar desconta para um sistema de pensão. E quando passa para a reserva, o militar fica imobilizável. Ou seja, sempre à disposição”, reforçou Mourão.

"E também não há déficit militar, pois o governo não contribui para o sistema", reforçou.

Segundo Mourão, as Forças Armadas já conversaram sobre o tema. Entre as possibilidades, se discute passar o tempo de serviço do militar de 30 anos para 35 anos.

E também que pensionistas passem a contribuir com 7,5% ao regime de previdência dos militares. Hoje, não há contribuição dos pensionistas. As pensões para dependentes são integrais.

Na reforma mais recente que atingiu os militares, feita em 2001 por meio de medida provisória no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), ficou extinta a pensão vitalícia para filhas de integrantes das Forças Armadas a partir daquela data.

No país, as regras atuais permitem que militares – homens e mulheres - se aposentem com salário integral após 30 anos de serviços prestados.