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Criminosos cobravam entre 150 e 180 mil, a depender da universidade que o candidato pretendia ingressar

A PF realizou neste domingo duas operações em pelo menos oito Estados para combater fraudes contra o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que aconteceu neste fim de semana. A primeira, chamada de Operação Jogo Limpo, foi para cumprir 22 mandados de busca e apreensão nos Estados do Norte e do Nordeste. A segunda, batizada de Embuste, aconteceu em Montes Claros, em Minas Gerais, e cumpriu 28 mandados judiciais. No total onze pessoas foram presas.

Reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, acompanhou policiais na Operação Embuste e revelou a sofisticação do esquema montado por uma quadrilha especializada em fraudar concursos públicos. Membros do grupo – entre eles, professores e alunos veteranos, chamados de pilotos – faziam a prova rapidamente e saíam no tempo mínimo, com as respostas anotadas. Depois, de um hotel, eles transmitiam o gabarito para candidatos do exame em várias cidades do país. As alternativas corretas eram passadas por celular para receptores do tamanho de um cartão de crédito – com um chip semelhante a de celulares, que os candidatos grudavam no peito, e o áudio era ouvido por meio de pontos minúsculos no ouvido.