O governador Carlos Brandão (PSB) pôs fim às especulações e confirmou que permanecerá no cargo até o final de seu mandato, em dezembro de 2026. A decisão, comunicada a aliados próximos, foi selada em uma conversa decisiva com o presidente Lula (PT) durante uma recente agenda institucional na Europa. Com isso, o caminho está aberto para a candidatura de seu sobrinho, o secretário estadual de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MDB), ao governo do Maranhão.

A permanência de Brandão no Palácio dos Leões significa que o atual vice-governador, Felipe Camarão (PT), não assumirá a cadeira de governador. O acordo com Lula, apurado com exclusividade pelo Joceilton Gomes, também detalhou a composição da futura chapa majoritária. Antes de um fórum econômico em Paris, Brandão teria assegurado a Lula o “direito de ter o controle absoluto da própria sucessão”, citando o exemplo de Flávio Dino. Em resposta, o presidente petista fez um pedido claro: uma das vagas ao Senado deve ser reservada para o já senador Weverton Rocha (PDT). A outra vaga, segundo o governador tem indicado a seus aliados, ficará com o deputado federal licenciado e ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA).

A única peça ainda a ser encaixada no tabuleiro político é o nome para a vice-governadoria. A única certeza, também fruto da conversa com Lula, é que a vaga será novamente do PT. Nos bastidores, petistas maranhenses já articulam para que a diretora-geral do IEMA, Cricielle Muniz, ligada a Washington Oliveira, ex-conselheiro do TCE, seja a escolhida. No entanto, há conversas avançadas para que a atual presidente da Assembleia Legislativa maranhense, deputada Iracema Vale (PSB), que já teve filiação ao PT, retorne ao partido e ocupe essa posição estratégica na chapa.