Projeto de lei de vereador proibia o uso em cidade do interior de São Paulo.
Um #vereador evangélico conseguiu aprovar uma lei que proibia o implante, em qualquer ser humano, de chips, código de barras ou de qualquer marca que seja relacionada ao sinal da besta, com ênfase ao número 666.
Carlos Fontes (PSD), é vereador na cidade de Santa Bárbara d'Oeste-SP, e de forma surpreendente conseguiu em 2015 que essa lei fosse aprovada pela maioria da câmara, passando a ser reconhecida e aceita juridicamente.
Ainda em 2015, o escritor que também é ateu, Eduardo Banks, decidiu protestar contra essa lei e acionou o Ministério Público. Banks alegou ao MP que, de acordo com a constituição do Estado de São Paulo, esse tipo de lei não compete a uma câmara de vereadores, mas apenas a câmara federal dos #deputados é que poderia discutir, votar e sancionar esse tipo de lei.
O vereador argumentou que essa lei é importante para evitar o controle de uma nova ordem mundial, falou também sobre algumas teorias da conspiração, de empresas que rastreiam as pessoas e etc.
Seu discurso acabou não convencendo o desembargador Álvaro Passos, que no uso de suas atribuições legais no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, acabou aceitando a denúncia do Ministério Público e concedeu, essa semana, uma liminar suspendendo a lei do vereador Carlos Fontes (PSD), e portanto, retirando a proibição do uso de chips ou qualquer símbolos que sejam considerados por religiosos como da besta.
A liminar trouxe um alívio para o ateu Eduardo Banks que acredita ser desnecessária uma lei como esta, no entanto, a lei do 'Chip da Besta" como ficou conhecida, trouxe uma reflexão importante: será que este tipo de discussão é realmente de cunho religioso? Não seria essa, a hora dos políticos brasileiros começarem a refletir sobre assuntos como esse?
Se depender do desembargador Álvaro Passos, pelo menos a justiça de São Paulo já lavou as mãos e passou a bola para a Câmara dos Deputados em Brasília. Se houver interesse nessa pauta, serão eles quem irão discutir e votar. Resta saber se existirá interesse em debater esse tipo de assunto. #Política